23/02/2018

GASTA O AMOR ÀS MÃOS CHEIAS!

Ciclames belos!  Foto pessoal.

«Gasta o amor às  mãos cheias!
O amor é o único tesouro
que se multiplica por divisão,
o único dom que aumenta
quanto mais dás:
Oferece amor, deita-o fora,
atira-o aos  quatro ventos,
esvazia os bolsos,
sacode o cesto,
vira o copo
e amanhã terás
muito mais.»
  (Anónimo)

11/04/2012

Fim de Linha

E é o fim de linha para o treinador Jorge Jesus.

O treinador que teve as melhores condições que algum treinador do Benfica teve nos últimos 20 anos, que teve a possibilidade de preparar e cumprir 3 temporadas no Benfica.

Chegamos ao final do seu 3º ano de trabalho, e os objectivos passam por manter o 2ºlugar para a Liga dos Campeões, qual Sportem de Paulo Bento.

Não há dúvida que o facto de ser português e ter trabalhado cá toda a carreira, lhe permitiu ter um bom desempenho na primeira época, e praticar um futebol agradável à vista dos seus compatriotas. Mas concerteza aquela grande equipa também ajudou.

Mas a verdade é que depois dessa primeira época, nada mais acrescentou. Foi o seu limite, e sabemos que não teremos mais de Jorge Jesus.

Logo, fim de ciclo.

10/04/2012

Sporting, 1 – Benfica, 0

Com a derrota de ontem em Alvalade chegou ao fim o ciclo de Jorge Jesus no Benfica. Escrevo isto com um sentimento de frustração, mas também com a consciência de que não há volta a dar. Jesus é um bom treinador, e no deve e haver da sua passagem pelo Benfica muitos pontos a favor terão que ser contabilizados. Ninguém pode esquecer, por exemplo, o futebol épico de 2009/2010. Mas…

Sempre apoiei a continuidade de Jesus. No final da época passada, época em que Jesus coleccionou derrotas constrangedoras e recordes negativos, eu apoiei o seu prosseguimento. Acreditei que o bom treinador aprenderia com os erros e, assim, melhoraria, e de bom passaria a excelente, ascendendo à medida consentânea com o Benfica, e estaria pronto para ficar por muitos e bons anos. Mas…

A verdade é que Jesus não aprende. Ou, pelo menos, chegou aparentemente ao limite da sua capacidade de aprendizagem. Este final de época é um exemplo cabal. Nunca será, já não pode haver ilusões sobre isso, um excelente treinador, e o Benfica não se pode contentar em querer menos que isso. É por tudo isto que esta é uma despedida amarga, mas é uma despedida necessária.

Espero agora que a direcção do Benfica reconheça o que é evidente e que comece desde já a tratar da substituição de Jorge Jesus. Com ponderação e com uma fasquia bem alta (se for mudar só por mudar é preferível que fique Jesus). O pior que pode acontecer ao Benfica é não tratar já do problema e à quarta ou quinta jornada da próxima época ter que trocar de treinador.

23/11/2011

Os pilares do Benfica

“Serão estes três valores (ou características) os grandes pilares do Benfica:

  • A Democraticidade e/ou Diversidade, porque foi uma vontade colectiva em situação de igualdade de direitos, mas de diversidade social;
  • A Portugalidade, porque era o único clube composto unicamente por portugueses e que, ainda por cima, ganhava;
  • A Humildade (a sua base de apoio popular), reforçada em 1907 e personificada em Cosme Damião, que ligará o clube espontaneamente aos extractos sociais mais baixos, em larga maioria no País.”
in Cosme Damião - O Homem que Sonhou o Benfica, de Ricardo Fonseca

24/05/2011

Revolução?

Dia sim dia não, os jornais vão escrevendo que este e aquele jogador do Benfica irão sair. Uns para «rodar», outros por causa dos salários, outros para fazer dinheiro. A verdade é que hoje temos artigos de jornal a dizer que só 4 ou 5 jogadores do actual plantel estão garantidos.

Percebo o desapontamento dos adeptos com a época que termina, percebo que os jornais queiram capitalizar esse desapontamento em ilusão de cromos novos, pá, mas há limites. Isto que se vai dizendo é um «fartar vilanagem».

Confio que as novas leis de ouro da gestão não passem por dispensar os mais talentosos, como Aimar ou Saviola.

15/05/2011

Roberto Out (wishful thinking), Moraes In ?

Roberto é a legenda desta época benfiquista. O começo péssimo do gigante espanhol coincidiu com o desastre em que tudo começou a ser uma confissão de impotência. Os frangos antológicos iniciais deram lugar a frangos habituais e o Benfica acabou por sofrer uma quantidade de golos anormal seja sob que ponto de vista for. Disse-se que Roberto valia pontos, o que não estava errado uma vez que deu tantos a tantas outras equipas.

O momento chave da época foi quando Julio César fez um penalty, sendo consequentemente expulso, no primeiro jogo em que Jorge Jesus, confrontado com críticas que iam daqui a Marte, sentou o espanhol no banco. Já se sabe a história: Roberto defendeu o penalty e pronto.

Roberto sofreu mais de 50 golos numa só época a jogar pelo Benfica e não é, como é óbvio, como ninguém poderá dizer a não ser o seu pai, um bom guarda-redes.

Na SIC disseram hoje que o Artur Moraes está em Lisboa a assinar o contrato. É da Roma e esteve este ano emprestado ao Braga. Os jogos que vi dele agradaram-me bastante. Não me parece má ideia.

Mas continua a grande incógnita da não aposta no meu guarda redes preferido do plantel (por um monte de razões): Moreira.

05/05/2011

E agora, Jorge Jesus?

Ainda com a derrota com o Braga muito quente, foi há menos de uma hora, e a eliminação da final da Liga Europa coroando uma época desastrosa, a pergunta só consegue ser esta:
E agora, Jorge Jesus?
E outra pergunta logo a seguir, por arrasto?
E agora, Luís Filipe Vieira?
Vou ter tempo, vamos ter tempo, de pensar sobre elas. Para já, enquanto esperamos pela ponderação necessária para as respostas, ficam duas constatações óbvias. Nem Maxi Pereira, nem Fábio Coentrão, podem, em caso algum, sair do plantel.

14/04/2011

Entrevista de Pablo Aimar


É um priviégio ter Pablo Aimar a jogar no Benfica. É um orgulho ouvi-lo falar do Benfica.

08/11/2010

Bipolar

Depois da derrota de ontem, no Porto, podemos afirmar com alguma segurança que o título correspondente à época 2010/2011 está entregue. O que é uma afirmação inusitada para se fazer à décima jornada, no princípio de Novembro. Mas a verdade é mesmo essa. Os dez pontos de avanço do F. C. Porto são margem mais do que suficiente para garantir a vitória na Liga. Por duas razões: porque está a jogar melhor e porque, se por algum acaso o infortúnio bater à porta e a forma da equipa descer, tem o “sistema” em stand-by, pronto a dar a necessária ajuda, como fez nas primeiras cinco jornadas do presente campeonato.
Mas como foi possível o Benfica chegar a este descalabro, depois da brilhante época passada? Sem entrar no”oito ou oitenta”, tão visceral no futebol, alinho três apontamentos que podem contribuir para a explicação.
Um.
Cada vez é mais claro que o jogo mais importante da época 2010/2011 foi o primeiro, o jogo da Supertaça com o F. C. Porto. Esse jogo devia ter sido encarado como a possibilidade de desferir uma estocada, quem sabe, final no dragão ferido da época passada. Na verdade, uma vitória do Benfica colocaria o nosso principal rival, sobretudo o seu treinador novo e sem curriculum, sob grande pressão, com o correspondente risco de destabilização da equipa. Era, portanto, fundamental apostar muito forte nesse jogo. Mas o que se viu foi precisamente o contrário. Jorge Jesus encarou o jogo da Supertaça como se fosse o último jogo-treino da pré-época e o resultado de tão displicente abordagem foi a inversão do ambiente conquistado com muita raça na época anterior: o F. C. Porto com a moral resgatada, o rolo compressor do Benfica travado. Depois veio o infortúnio (com a má arbitragem) da primeira jornada e a crise ficou, inesperadamente, instalada.
Dois.
A eleição de um ex-dirigente do F. C. Porto para a direcção da Liga, com o apoio claro do Benfica, demonstrou ser um enorme tiro no pé, desta vez da responsabilidade de Luís Filipe Vieira. Depois, à quinta jornada, o Presidente encarnado veio tentar emendar a mão e travar a descarada actuação do “sistema”. É verdade que os “casos” da arbitragem terminaram por aí, ficando reduzidos a números que podemos considerar normais, mas entretanto tinham passado cinco jornadas em que o Benfica foi muito prejudicado e o F. C. Porto muito beneficiado. Com arbitragens normais nas primeiras cinco jornadas o Benfica estaria hoje, mesmo com a goleada no Dragão e a superioridade futebolística que é preciso reconhecer à equipa de Villas-Boas, na luta pelo título, a não mais de três ou quatro pontos do líder. Luís Filipe Vieira, que um dia terá que explicar porque apoiou um portista para a direcção da Liga, borrou ainda mais a pintura quando, na ânsia de corrigir a mão, colocou em cima da mesa ameaças que tem vindo, consecutivamente, a não cumprir, lançado o descrédito sobre si e sobre o Benfica.
Três.
Ao que de bom tinha feito na época passada, com a equipa exibindo um futebol vistoso, goleando e “comendo a relva” até ao último minuto, Jorge Jesus acrescenta, agora, recordes, mas recordes negativos. Para já são dois: o pior arranque de sempre no campeonato e a maior derrota de sempre com o F. C. Porto, também para o campeonato. Junte-se a isto a incapacidade de aprender com os erros (ontem repetiu a receita já experimentada em Liverpool) e temos um treinador em crise. Onde nos vai levar esta bipolaridade futebolística de Jorge Jesus? O certo é que nada voltará a ser com dantes, entre ele e o Benfica. Fica, no entanto, a esperança que não demore a voltar a uma fase positiva.

02/09/2010

Falsa partida

Agora é que é…
Falsa partida. O arranque do Benfica 2010/2011 foi uma falsa partida. Agora, com o mercado de transferências fechado – todos os dias dos últimos três meses os jornais levantaram um ou dois nomes novos para o Benfica, com o plantel completo, e os jogadores, mundialistas e não-mundialistas, num estado crescente e nivelado de forma, agora espera-se que, após a presente paragem no campeonato, o Benfica parta bem e decidido para uma nova época de títulos.
Claro que esta falsa partida nos custou seis pontos de atraso no campeonato (derrotas com Académica e Nacional) e uma Supertaça. Mas, sendo mais difícil, o campeonato, o nosso principal objectivo, ainda é perfeitamente possível. Um Benfica à imagem da época passada tem ainda todos os trunfos na mão.
(Nota de rodapé apenas para constatar que, sem surpresas, os ”erros” de arbitragem mantêm as tendências das últimas décadas. Como na época passada, não basta sermos melhores, temos que ser muito melhores).