10/04/2012

Sporting, 1 – Benfica, 0

Com a derrota de ontem em Alvalade chegou ao fim o ciclo de Jorge Jesus no Benfica. Escrevo isto com um sentimento de frustração, mas também com a consciência de que não há volta a dar. Jesus é um bom treinador, e no deve e haver da sua passagem pelo Benfica muitos pontos a favor terão que ser contabilizados. Ninguém pode esquecer, por exemplo, o futebol épico de 2009/2010. Mas…

Sempre apoiei a continuidade de Jesus. No final da época passada, época em que Jesus coleccionou derrotas constrangedoras e recordes negativos, eu apoiei o seu prosseguimento. Acreditei que o bom treinador aprenderia com os erros e, assim, melhoraria, e de bom passaria a excelente, ascendendo à medida consentânea com o Benfica, e estaria pronto para ficar por muitos e bons anos. Mas…

A verdade é que Jesus não aprende. Ou, pelo menos, chegou aparentemente ao limite da sua capacidade de aprendizagem. Este final de época é um exemplo cabal. Nunca será, já não pode haver ilusões sobre isso, um excelente treinador, e o Benfica não se pode contentar em querer menos que isso. É por tudo isto que esta é uma despedida amarga, mas é uma despedida necessária.

Espero agora que a direcção do Benfica reconheça o que é evidente e que comece desde já a tratar da substituição de Jorge Jesus. Com ponderação e com uma fasquia bem alta (se for mudar só por mudar é preferível que fique Jesus). O pior que pode acontecer ao Benfica é não tratar já do problema e à quarta ou quinta jornada da próxima época ter que trocar de treinador.

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