Depois da derrota no Porto, na semana passada, e da vitória de ontem, na Luz, frente ao Belenenses, o Benfica está a um ponto do segundo lugar e do consequente apuramento directo para a Liga do Campeões. Se em termos financeiros, e até de contratação do futuro treinador, esse lugar é relevante, em termos desportivos, e olhando o historial do Benfica, nada acrescentará. Por isso, com derrotas em todas as frentes, a época está terminada.
Ironicamente, o desastre que foi o Benfica desta temporada coloca Luís Filipe Vieira, com consecutivos actos de má governação, na posição em que estava Fernando Santos no ano passado: fragilizado, sem arcaboiço para aguentar qualquer eventual, e provável, infortúnio nos primeiros jogos da próxima época. Olhando o que se passou com Fernando Santos, seria sensato que Vieira se afastasse já, evitando por em risco, por instabilidade, mais uma época desportiva. Mas temos que ser realistas. Se ele não foi capaz de o fazer a um subordinado, não o fará certamente a ele próprio. E, nesta perspectiva, o futuro do Benfica parece pouco risonho. Luís Filipe Vieira, a quem reconheço o grande mérito de não ter deixado morrer o Apito Dourado, tem “a faca e o queijo na mão”. O Benfica precisa de mudar. E essa mudança, depois do desastre de 2007/2008, tem que começar pela cabeça, pelo Presidente.
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