29/11/2004

A falta de pudor do Benfica em Leiria


Em todas as famílias se encontram casos destes. Existem factos e assuntos que toda a gente sabe mas que sobre os quais nunca se fala. São factos melindrosos, que trazem consigo o choque e a consternação, e a que, desde o Governo de Cavaco Silva os portugueses se habituaram a chamar 'tabus'. Todos sabem que todos sabem mas não se fala sobre isso porque o que não se diz tem tendência a não existir.
Mas às vezes acontece. Num ajuntamento familiar há um tio que bebe demais, ou uma solteirona de mal com a vida e cheia de amargura, ou um adolescente provocador em plena fase de revolta, ou uma avó meia senil de idade e de ideias, e basta uma frase para trazer para cima da mesa a ferida familiar aberta, a vergonha e o constrangimento.
Em Leiria o Benfica perdeu. Isso é chato mas não é grave. O pior foi que o tal tio bebeu e escarrapachou o que nós todos sabemos mas que não gostamos de admitir porque dói muito.Dois dos tabus foram expostos de uma maneira quase obscena e sem qualquer tipo de pudor.
Em primeiro lugar gritou-se aos quatro ventos a dependência de Simão, que quando não consegue ser genial e marcar, como tem feito tantas e tantas vezes de uma maneira decisiva para um resultado positivo do Benfica, transforma a equipa dos encarnados num colectivo medíocre, sem ideias e sem vontade de nada.
Em segundo lugar foi posto a nu o baixissimo QI de Argel, homem voluntarioso mas de uma estupidez futebolística de bradar aos céus. O Argel tem tanto de corrida e sprint como de neurónios ligados ao raciocínio. Se o Argel jogasse na Turquia ou na Grécia, tinha visto a sua casa ser incendiada ontem à noite.
É alarmante! Este homem é capaz de tudo por não ser capaz de nada!
Contra-ataque, Bola lançada para Fangueiro e todos sobem, todos sobem a linha de fora de jogo. Todos, exceptuando o atrasado Argel(em inglês 'retarded'), que gloriosamente oferece a desmarcação ao leiriense. Depois, é ver o nº 3 do Benfica a sprintar atrás do avançado contrário como quem se lança na perseguição de um comboio que se sabe já inalcançável, perdendo metros e metros e metros.. e claro está que o comboio-Fangueiro não parou, já que ele, ao contrário do esbaforido Argel de língua de fora, sabe mais ao menos o que deve fazer e para o que lhe pagam ao final do mês. Como se já não bastassem as faltas despropositadas, a ser manhoso, a incapacidade de fazer jogar a equipa ao, consecutivamente, atirar balões para a frente, ainda temos de saber, temos de enfrentar essa realidade durissima, de que, afinal, Argel está incapacitado para o futebol e ainda ninguém deu por isso.
Quanto ao jogo, não foi bonito. O Leiria não jogou e o Benfica também não. Piores exibições de época são incontornáveis e até é bom que surjam no inicio do campeonato. Agora, o que custa, o custa mesmo, foram os tabus gritados pela equipa ontem.

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