Antes do jogo com o Penafiel não havia muito a dizer. O Benfica jogava com uma das equipas mais fracas da Super Liga, repleta de velhas glórias em fim de carreira, e digeria ainda uma derrota humilhante no Restelo. As férias de Natal estavam à porta, com uma deslocação a Alvalade no começo de Janeiro, e, se o Benfica queria manter-se na luta pela Super Liga, e dar um safanão, mesmo que ligeiro, na crise, tinha que ganhar ao Penafiel. Tinha que ganhar. Ponto. Qualquer outro resultado era a catástrofe.
E o Benfica ganhou. Sem brilho, é certo, mas de forma indiscutível. Lutou, vestiu o fato de macaco (e também o de Pai Natal, com uma ou duas ofertas que podiam ter amargado a noite), e levou com todo o mérito os três pontos.
Da missão cumprida, ficam quatro destaques:
Argel, pelo golo marcado, pelo maior acerto nas tarefas defensivas, e pela tentiva de beijo a Trapp (que, diga-se, se comportou como qualquer mortal mentalmente são: tentou fugir).
Alcides, pelo estreia sem precalços, e pela propensão inesperada para ponta de lança.
Geovanni, porque, finalmente, jogou e correu mais de meia hora num jogo.
E, por último, para Mantorras, no regresso aos convocados. Mais do que o possibilidade do angolano voltar aos relvados, fica uma indicação poderosa em termos de ânimo e moral para o grupo de trabalho e para os adeptos: o lesionado-mor está de outra vez apto para jogar. Sim, a recuperação ainda é possível.
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