Estive a breves instantes de, pela primeira vez neste blog, acertar em cheio na previsão do resultado de um jogo. Como podem confirmar, na passada sexta-feira prognostiquei um robusto três a zero a favor do Benfica. E já me congratulava com a minha zandiguice quando Mantorras, no último lance do encontro, resolveu marcar e adiar para outra altura o meu brilharete adivinhativo. Mas, como é óbvio, não fiquei chateado. Porque o golo imprevisto foi do Benfica, e a vitória transformou-se em goleada, e, acima de tudo, porque o angolano voltou aos golos, dois anos e muita luta e sofrimento depois. Acho mesmo que este Mantorras renovado e confiante pode ser a imagem-mote para o Benfica da segunda volta. Os lesionados estão de volta, os reforços vêm a caminho, e, estando os três candidatos maiores em igualdade pontual, tudo está ainda em aberto. Depois dos altos, alguns, e baixos, muitos, por que já passaram, os encarnados saem desta vitória com o Boavista moralizados. Sem entrar em euforias, sem passar de um extremo ao outro em noventa minutos, o futuro surge agora bem mais promissor.
Duas notas para finalizar.
A primeira para sublinhar, de novo, a importância máxima de Miguel. Não é por acaso que reviravolta exibicional se dá no seu regresso à equipa.
A segunda para a lembra a despedida de Argel. Provocando sentimentos contraditórios nos adeptos, o brasileiro ganhou um lugar, mesmo que discreto, na história do clube. Se por um lado foi pródigo em causar calafrios, e ira, com as fífias devidas a aparentes paragens cerebrais, por outro lado a sua disponibilidade e entrega ao jogo valeram-lhe o recorde de cabeças partidas por minuto jogado. Apetece dizer, em jeito de despedida: Obrigado Argel e …vai jogar longe!
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