Qualquer brasileiro com o nome acabado em “son”, recém chegado ao Amora como reforço de Inverno, conhece a receita. “Há que pensar jogo a jogo, lutar Domingo a Domingo pelos três pontos, e no final, então, fazer as contas”.
Desgraçadamente, o Benfica chegou ao ponto de caber na filosofia mais simplista do fetubolês. Nenhum adepto já ousa falar abertamente na conquista do campeonato. A irregularidade é tão grande que só podemos mesmo olhar para o próximo jogo, esperando que dali surja uma vitória. Depois… logo se vê.
Este imediatismo nasce de sentimentos contraditórios. Se, por uma lado, reconhecemos a sorte de os adversários directos estarem tão mal ou pior que nós, e as improváveis possibilidades de chegarmos de novo à frente caírem do céu uma e outra vez, por outro lado, temos consciência de que com uma equipa “normal”, em termos de entrosamento e regularidade exibicional, estaríamos prestes a encomendar as faixas de campeões. Ou seja, o pessimismo é razoável mas o optimismo não morre. Resta-nos, pois, digerir uma partida de cada vez.
Então, depois do Moreirense, segue-se a Académica, na Luz.
Para além da vitória, o tal objectivo imediato, o grande motivo de interesse fixa-se em Nuno Assis. Será ele capaz de repetir a excelente exibição de Guimarães? Confesso que fiquei agradavelmente surpreendido, no Sábado. O à vontade com que se movimentou, a forma como fez jogar a equipa, ultrapassou aquilo que esperava dele. Fica agora por confirmar a regularidade das actuações. Uma das ideias que me ficaram do Nuno Assis de emblema vimaranense ao peito foi precisamente o sobe e desce exibicional. Um jogo excelente hoje e na jornada seguinte a mais perfeita mediocridade. Mas espero que ideia não esteja correcta. Porque desses jogadores já nós cá temos.
O jogo deverá ficar-se pelos três a zero, com Simão, Nuno Gomes e Mantorras a facturarem.
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