24/08/2005

Não é gozar com a desgraça alheia, é com o Sportém!



O Sportém deu ontem mais uma alegria a todos nós. A bola é chutada fraca a 30 km de distância da baliza desses felinos de 4ª categoria mas nós não desesperamos por o remate ser perfeitamente defensável. Sim, um benfiquista não se pode esquecer que à baliza do Sportém está, e estará sempre, o extraordinário Ricardo, um dos maiores embustes da história do futebol nacional. Há muito mais probabilidades de uma bola entrar numa baliza supostamente defendida pelo homem que dizia neste Verão, numa entrevista típica de silly-season, montado na sua mota de água XPTO, sem papas na língua, abrindo o coração, dizendo na 3ª pessoa qualquer coisa como "Há gente a dizer mal do Ricardo, que o critica e que lhe quer mal, e por isso o Ricardo pensa que em Portugal ninguém lhe dá o valor que realmente tem...", do que em qualquer outra do mundo inteiro. "É um facto, ele tem razão.", disse-o à pessoa que estava ao meu lado no sofá, no meio de gargalhadas satisfeitas. O rapaz não percebe é que a coisa funciona ao contrário: as pessoas não lhe dão o valor que ele merece, não pela negativa (estilo, "ele é um grande grande grande guarda-redes com lugar em qualquer equipa do mundo") mas pela positiva ("ele é um embuste e é um crime desportivo ainda o deixarem calçar as luvas da selecção ou de outra equipa qualquer"). De modo que, quando aquele remate foi feito, eu pensei "O gajo vai frangar" e o facto é que Ricardo é um gajo com que se pode contar, um tipo regular, de quem se sabe bem o que se pode esperar e o franguinho lá apareceu para grande satisfação dos amantes do futebol em geral e de todos os benfiquistas que têm de levar com a teoria da conspiração dos sucedâneos de felinagem bacoca a que normalmente se chama sportinguistas.
Mas a coisa ontem foi dupla. Houve ainda a satisfação de ver o inarrável Peseiro a orientar tão mal uma equipa. Este homem faz coisas tão más na profissão que nem como personagem de ficção se aguentava. Como se comprovou o ano passado, além de mau treinador, estratega, de ter mau gosto a vestir-se, de ter um QI baixissimo (julgando pelas patacoadas que vai soltando dia sim, dia sim) e de nunca ir ultrapassar o síndroma de parecer um tocador de acordeão de banda de província aos olhos de todos, o homem ainda se caracteriza por ter um medo arrepiante de algumas pessoas. Antes, com Pedro Barbosa. Agora com Sá Pinto, Ricardo e Beto. Estes três imprestáveis têm o lugar garantido no onze do Sportém, o que para mim é uma excelente noticia. E eu gosto muito de ver o Tello, também lá. Dá-me prazer, pronto. Não o sei dizer melhor, lamento. Eu gosto desta equipa do Sportém.

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