10/04/2006

Contra o rendimento mínimo

Benfica 2 – Marítimo 2
O que dizer de um jogo como o de ontem? Há muito para comentar, mas não apetece nada abordar o assunto. O que se passou ontem na Luz foi mau demais. Fez lembrar outros tempos. Tempos que os benfiquistas gostavam que estivessem definitivamente ultrapassados.
Depois da derrota do Sporting, havia a possibilidade de uma quase colagem ao segundo lugar, que significa a entrada directa na Liga dos Campeões. Surpreendentemente, a equipa entrou apática, lenta, à espera de que, mais tarde ou mais cedo, o golo surgisse. Atitude incompreensível numa equipa que se quer com espírito de campeão. O Benfica não pode jogar nunca em “rendimento mínimo”. Nota má, portanto, para os jogadores encarnados pela disposição com que entraram em campo. Mas Koeman também não se livra das críticas. Sobretudo porque começa a ser incompreensível a insistência em Robert. Sabemos que nos momentos de crise a figura do bode expiatório é obrigatória. Mas o francês faz por merecer a nomeação. O Benfica, com ele, joga com dez. Será que vale a pena a desvantagem numérica apenas tendo em troca a ligeira esperança de um remate inspirado de Robert? Parece-me bem que não. Koeman não pode voltar a insistir. Porque então será a sua capacidade com treinador que ficará em causa.
Registe-se, como nota positiva (temos que ser optimistas…) a reacção final do Benfica, que foi buscar os dois golos para o empate nos últimos quinze minutos de jogo. Esse é o espírito de combate para as próximas quatro partidas.

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