22/08/2006
A Razão de Um Desespero Anunciado ou a saga do Fita-Colas como timoneiro do Benfica
O meu pressentimento em relação a esta época vai saindo reforçado conforme os dias vão passando.
Quando um treinador não é capaz de segurar um jogador do calibre de Karagounis, de o fazer acreditar que pode ser útil e que vai jogar, como aconteceu com o Fita-Colas, sabemos que não temos ali um líder. A sua inépcia já fez mais vitimas nesta pré-temporada. Manduca, Fonte e Karyaka, por exemplo, sofreram o empréstimo ou a venda por ele não ter sabido transmitir uma ideia de sistema de jogo, desde logo, à equipa. Na pré-epoca jogaram todos mal, com excepção, talvez, de Manu, Paulo Jorge e Rui Costa. Percebi que não tínhamos treinador quando o Fita-Colas cedeu à tentação de mudar de sistema táctico por pressão, diz-se, do próprio Veiga na já quase famosa reunião com este após o desastre AEK em que também participaram os capitães da equipa. Há aqui um problema fundamental e que, sendo de base, é insolúvel: um treinador não pode ser também adepto. O coração cede às pressões e fica a titubear, experimentando, como qualquer um de nós na bancada ou em casa (só que no nosso caso mentalmente), várias soluções, num desespero por resultados que nunca atacou os estrangeiros que cá estiveram antes e que mantiveram uma linha de raciocínio desde o primeiro minuto, indiferentes à imprensa pirómana nacional e aos estúpidos lenços brancos e assobios na Catedral. O Fita Colas devia ter permanecido fiel à sua ideia inicial apesar do que adeptos, dirigentes e jogadores achassem.
Temos então que o Fita-Colas é um zero em relações humanas e, além disso, é adepto doente do Benfica.Mas há ainda duas outras características que se juntam a estas duas: o seu comportamento e a sua sedução perante a facilidade de se desculpar.
Há um problema qualquer ali, em termos de metabolismo, que, se ao adepto induz a impressão de que o homem vai ter uma apoplexia ao fazer aqueles esgares de quem tem os mais graves problemas estomacais, a quem tenha de conviver diariamente com ele, como acontece com os jogadores, deve causar um misto de repulsa e frustração, por não conseguirem encontrar o caminho para se sentirem calmos e confiantes que aquele homem não lhes vai morrer nas mãos a meio de uma chamada de atenção mais exaltada numa peladinha.
O quarto traço de personalidade que contribui para a minha falta de fé, diz respeito às desculpas e mentiras (ver imagem esclarecedora em cima). O Fita-Colas tem o tique da desculpa e da mentira. Já começou a dizer que, enfim, a pré-epoca correu mal porque chegaram jogadores a conta-gotas e a novela Simão desestabilizou o grupo e tal. A mentira é que disse que o Benfica ia ser uma equipa ofensiva e depois descarta jogadores como Karagounis, Karyaka e Manduca.
Espero que o Fita-Colas seja despedido já esta quarta-feira, nem que isso valha a eliminação da Champions, e que venha um treinador estrangeiro, de preferência com uma razoável saúde gastro-intestinal...
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