Notas sobre uma eliminação europeia:
Não há vitórias morais. Fomos eliminados por uma equipa claramente inferior e isso é o que fica para a história. Mas ontem os jogadores do Benfica honraram a camisola. Tiveram os postes e alguma falta de jeito (aquela do Nuno Gomes…) contra si, mas ninguém pode negar que deram tudo o que tinham. Custa ser eliminado mas, assim, não há revolta.
Petit, que deve ser o benfiquista a debitar mais lugares-comuns por segundo quadrado de flash intervew, ontem acertou em cheio: “Perdemos a eliminatória na primeira parte de Barcelona”. Acrescentaria apenas que também ajudou muito o terem baixado o ritmo (ordem do treinador?), satisfeitos com a derrota tangencial, quando o 3-3 parecia perfeitamente ao alcance.A equipa está de rastos em termos físicos. Simão pura e simplesmente “rebentou” nos últimos minutos do jogo de ontem. Rui Costa deu tudo e também acabou a passo. A maior parte dos jogadores evidencia fadiga. E ainda faltam seis jogos para o fim da época…
Mesmo não tendo apoiado a sua contratação, sempre defendi que Fernando Santos devia continuar para a próxima época. A estabilidade é importante e nenhuma equipa que quer estar no topo pode ter cinco treinadores em cinco épocas consecutivas. Mas pelo que se tem visto nestas duas últimas semanas (sim, o empate com o Porto foi há menos de quinze dias…) a substituição de treinador é uma hipótese que salta, naturalmente, para cima da mesa. Temos que ser realistas: estamos na iminência do descalabro. Vamos no quarto jogo consecutivo sem ganhar e a equipa está cada vez mais cansada. Se as coisas correrem pelo pior então o lugar de Fernando Santos fica em causa. Não pelos resultados em si. Mas pela possibilidade de “peseirização” da equipa. Um treinador que sai fragilizado da época anterior pode trazer mais inconvenientes do que um treinador novo.
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