01/08/2007

Despedimento na hora (e com justa causa)

Era fundamental que o Benfica começasse, logo na pré-época, com exibições animadoras. Nem precisavam ser boas, bastava pressagiarem o bom caminho.
Era fundamental que o plantel fosse pouco mexido de modo a preservar as rotinas de jogo.
Era fundamental que, para garantir estabilidade, não saíssem peças-chave.
E tudo isto era fundamental porque o nosso treinador é muito, muito fraquinho. Se os restantes parâmetros não estiverem optimizados ao máximo, se não houver mais-valias para compensar o valor negativo de Fernando Santos, o Benfica corre sérios riscos de voltar a não ganhar nada.
Mas a verdade é que nada do que era fundamental aconteceu.
O Benfica fez dois maus jogos.
O Benfica não tem rotinas estabelecidas em nenhum dos sectores (até o guarda-redes é novo).
O Benfica perdeu Simão, o “abono de família” das últimas épocas.
E agora?
No fim da época passada defendi a saída de Fernando Santos. Contra os que preferiam a manutenção em nome da estabilidade, argumentei que a estabilidade que serve ao Benfica não é a do terceiro lugar. Apostar na escassa probabilidade de que tudo vai suceder pelo melhor, correndo o risco de trocar de treinador no Natal e ficar mais uma época em branco, não me pareceu a opção mais sensata. Prefiro não ter razão nestas situações. Mas olhando o desenrolar do “filme”, receio bem que os meus temores se concretizem.
O que fazer, então?
Perante a iminência de novo descalabro com Fernando Santos ao leme, parece-me que a solução tem que ser audaciosa e radical: despedir o engenheiro. E, como ainda estamos a entrar em Agosto, esperar que o novo treinador esteja ao nível do clube e da equipa e consiga um rendimento condigno até ao início das competições. É arriscado? Claro que sim. Mas risco bem maior é manter Fernando Santos.

5 comentários:

José Leal disse...

Parece-me que só fizemos dois jogos de preparação; ambos no estrangeiro; perdemos um e empatámos outro; a ideia é fazer experiências, e ver como elas correm;

Concedo que o pessoal esté com fome de bola, mas despedir um treinador por 2 jogos de preparação?

Anónimo disse...

O FS é fraquinho.
Talvez fosse mesmo melhor, com esta 'nova' equipa, aproveitar e por já um novo treinador de jeito que potenciasse os talentos.

Anónimo disse...

José Leal a sua interrogação faz todo o sentido.
Para ceros impacientes o ideal parece ser: por cada jogo perdido, treinador despedido...
Força Benfica !!

Gabriel "O Ovo" Alves disse...

José e anónimo

Percebo a vossa posição. Eu próprio diria o mesmo no início das épocas anteriores. Mas, como já ando cá há uns anitos, acho que já estou a ver o filme todo. E o filme acaba mesmo mal.
F. Santos ficou porque dava continuidade ao trabalho anterior e não se ia perder tempo a formar a equipa. O que se vê? Doze ou treze jogadores novos, saídas de Simão e Karagounis, toneladas de experiência, sobretudo internacional, e classe, e a equipa a jogar muito mal, sem ligação de sectores, etc. Entretanto, o Santos já conmeça com as desculpas esfarrapadas dele...
Por muito que queira , não consigo dizer outra coisa: F. Santos rua! ( e a seguir, então: Força Benfica!)

mghorta disse...

Com o começo, este Benfica já só com empates e derrota, nada mostrou até agora de novo, e o que é velho, é aquele 'sizudo' de uma figa que continua a teimar em ser medricas.
Fernando Santos devia ter ido com os gregos e deixar lugar para quem não tenha medo.
Esperemos que com a saída de Simão as coisas não piorem, mas por sair uma andorinha, não acaba a LUZ.