28/11/2007



(por mim, o Adu lá na frente)

Não nos enganemos: as hipóteses de o Benfica ganhar ao Milan, detentor do troféu da Champions, são escassas.
Hoje à noite, com 60 mil no estádio da Luz, esperemos que o Glorioso deixe uma boa imagem. Além de ser importante para a motivação da equipa para o jogo com o Porto, seria também um garante de casa cheia no fim de semana.
A esperança de um bom resultado só poderá vir da disponibilidade total do plantel. Camacho conta agora com todos os jogadores à disposição. As referências da equipa, os mais experientes e menos volúveis à tremedeira perante a pressão dos grandes jogos, estarão todos em campo. Leo, Luisão, Petit, Katsouranis, Nuno Gomes e, principalmente, Rui Costa.
O Maestro demonstrou conhecer muito bem, como será natural, mais do que a equipa, a mentalidade milanesa. Querem ter a bola, são pacientes, administram o ritmo de jogo como é apanágio das grandes equipas italianas e são cirúrgicos no que toca a contra-ataques. Se por um lado, como referiu Camacho, para garantir a posse de bola não pode haver passes falhados no meio-campo, e talvez neste aspecto fosse mais seguro apostar em Pereira em detrimento de Katso no meio campo, por outro, este não pode ser um jogo em que os laterais se aventurem muito na frente, porque estarão lá Seedorf e Pilro para servirem Kaká e os outros em golpes de contra-ataque, daí que Luis Filipe seja a melhor opção e não Nelson.
No jogo de Milão viu-se o mais espantoso desta equipa italiana. Os jogadores já se conhecem tão bem que quando fazem um passe para a frente nem precisam de olhar. Sabem que se chutarem mais ou menos para aquela área do campo estará lá alguém para receber, que por sua vez não terá de pensar muito, bastando-lhe enviar a bola para um ponto pré-definido que por sua vez, é certo que estará lá alguém para a receber. Há uma espécie de fé quase sobrenatural na forma de jogar do Milan.
Em contrapartida, o Benfica terá de jogar seguro e aproveitar os primeiros dez minutos, se jogar como em Glasgow, para tentar meter um golo. Nesse caso, se isso acontecer, e não dizendo que será mais fácil, porque isso não faz sentido quando se joga com o Campeão Europeu, a estratégia de segurar a bola poderá ser mais efectiva e a procura do golo deixada para a rapidez fulgurante de Rodriguez e de Di Maria a partir dos 60 minutos.
Apesar de saber que o 4-2-3-1 será quase certamente o esquema utilizado, quero meter aqui um pouco de sonho. Para acompanhar o Nuno Gomes na frente, num 4-4-2 clássico da minha preferência, poria o factor surpresa Freddy Adu, com a sua rapidez, mobilidade e técnica, podendo descair nas alas e confundindo as marcações.
Assim, espero que a equipa jogue da seguinte forma

Quim
Luis Filipe, Luisão, David Luis, Leo
Rodriguez, Petit, Rui Costa, Pereira
Adu e Nuno Gomes

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