Como alguém escreveu num comentário ao post, dizer que “se ganharmos os próximos dois jogos seremos campeões” é um prognóstico um bocado estúpido, sobretudo porque ainda agora entrámos no segundo terço do campeonato e porque essas duas vitórias, concretizadas, nos deixariam um ponto atrás do primeiro. Mas em futebol os prognósticos são normalmente estúpidos (o mais estúpido de todos é que bate sempre certo – o feito no fim do jogo). No entanto, a minha previsão-desejo não era totalmente descabida. Tinha por base a constatação de que o Benfica de Camacho respondia com mais segurança aos momentos decisivos e às contrariedades do que o Benfica de Fernando Santos (não são por acaso as recuperações de resultado e as vitórias nos últimos minutos). Já o ano passado tínhamos tido um momento decisivo na recepção ao Porto. Nessa altura, uma vitória dava-nos o primeiro lugar. Empatámos, e até ao fim do campeonato não voltámos à pujança anterior. Agora, com o Benfica de Camacho, as coisas podiam ser diferentes. Mas não foram. Mesmo não jogando mal, voltou a faltar o nervo de campeão.
Quer isto dizer que dizemos desde já adeus ao título? Não. As constatações permanecem: o Benfica de Camacho é melhor, em atitude, do que o Benfica de Fernando Santos; e o Porto mantém alguma tremideira exibicional. Claro que sete pontos é uma diferença significativa. Está tudo muito mais complicado. Mas a maturação da jovem equipa encarnada ainda pode ir a tempo de nos dar uma grande alegria. Por isso estou optimista. Pode ser uma estupidez como foi o prognóstico, mas o optimismo está cá e não há nada a fazer.
Força Benfica!
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