15/11/2004

Este empate vale mais que 1 ponto

A primeira ideia com que fico é esta: ainda bem que o Benfica entrou ao ataque, porque se não tivesse sido assim, nem um ponto levávamos.

O caldeirão foi mesmo difícil, mas as características definidoras dessa dificuldade mudaram. Antes a dificuldade prendia-se com a insularidade, com a viagem, com um agigantar do Marítimo perante os grandes no seu reduto. Hoje é difícil porque se trata do campo de um candidato a uma vaga para a Liga dos Campeões da próxima época.
Jogo muito disputado, também porque os sistemas tácticos das duas equipas não conheciam maneira de se encaixar e os desequilíbrios eram constantes.
Manduca explorou a verdura de Amoreirinha na posição, Leo Lima escolheu este sábado para acordar e fazer a sua melhor exibição desde que está em Portugal.
Simão fez valer a sua grande capacidade nas bolas paradas, e Sokota esteve preso de movimentos. Giovanni lá teve a infelicidade de num bom momento de forma, não poder dar o seu contributo ao conjunto.
Por fim Moreira, que continua a queimar etapas na sua formação, já chegou ao escalão onde a forma já não é relevante e impeditiva de fazer bem o seu trabalho.
Fica a sensação que este foi um ponto ganho, e que mais uma vez o Benfica não tendo mostrado um futebol de grande nível, mostrou força e carácter ao terminar em cima do Marítimo, com uma capacidade física dos seus elementos que deixa boas indicações. Como o resto da Superliga vai provar, tratou-se de um ponto ganho.
Ainda um último apontamento: como consequência desta força, carácter, garra que o Benfica apresenta até ao final dos jogos, este Benfica pode empatar de quando em vez, mas muito dificilmente perde.
Bom trabalho de Bruno Paixão.

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