Mais do que os desastres ambulantes chamados Argel, Paulo Almeida e Giovanni (“comatoso” parece ser alcunha bem mais certeira do que “soneca”), o jogo de ontem em Leiria ficou marcado pelos fantasmas - presentes mas mentes dos adeptos durante os noventa minuto, mas desgraçadamente ausentes do relvado. Falo, como é óbvio de Luisão, Miguel e Petit. Se alguém ainda tivesse dúvidas, ficou provado que sem este trio em campo o Benfica não funciona: o brasileiro é “a” defesa; Miguel a alegria do ataque; Petit a fortaleza do meio campo. Claro que ainda há Simão e Manuel Fernandes. Mas o extremo, sozinho, nem sempre consegue levar a equipa às costas, e miúdo não é a mesma coisa sem Petit ao lado.
Só por causa da dependência deste trio, ou seja, por não haver colegas e substitutos à altura, é que o Benfica perdeu ontem com uma equipa perfeitamente mediana. Nos empates com o Marítimo e, em parte, com o Rio Ave, pôde-se falar de adversários aguerridos e fortes. Ontem não. Tudo o que aconteceu domingo à noite em Leiria se deveu única e exclusivamente ao Benfica. Às suas debilidades, à sua cada vez menor alegria de jogar.
Adaptando uma célebre resposta de Huckleberry Finn, quando, na Escola Dominical, lhe perguntaram o nome dos doze apóstolos, podemos dizer que:
Os onze jogadores do Benfica são cinco: Luisão, Miguel e Petit.
1 comentário:
a do Huck está brilhante!
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