De um jogo cheio, emotivo, bem jogado, e com final resvésmente feliz, ficam, entre muitas outras coisas, as memórias de um golo e de uma atitude.
O golo é o do Paíto.
Começa, ainda no meio campo do Sporting, com a antecipação ao indolente Carlitos, segue com a passagem a grande velocidade pelo amarelado João Pereira (que, para evitar o cartão vermelho, tenta jogar apenas a bola), atinge o brilhantismo com uma "cueca" monumental ao Luisão (daquelas que exigem posterior acompanhamento psicológico) , e, depois de 60 metros sprintando, e de um breve e emotivo instante de espera para que a bola fique na posição ideal de ser chutada, desfere a estocada final. Os sportinguistas acreditam que o golo sela a sua vitória. A maioria dos benfiquistas provavelmente também. Mas faltava a opinião do Simão. Que num pontapé fabuloso, mesmo a terminar o prolongamento, oferece à equipa a possibilidade dos penaltis.
A atitude é a dos jogadores do Benfica.
"Porque não jogam sempre assim?" A interrogação passou pela mente de todos os benfiquistas que acompanharam o jogo de ontem. Foi precisamente na atitude, na"alma" com que se entregaram, que esteve o segredo da vitória. O Sporting pode até ter sido técnica e tacticamente melhor. Mas a "raça" encarnada justificou plenamente o triunfo. Porque não jogam sempre assim? Porquê?
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