Como escrevi na semana passada, pedia-se ao Benfica, na deslocação a Braga, duas coisas. Primeiro, a manutenção da crescente qualidade de jogo e da atitude. Depois, a vitória. Ter conseguido apenas a primeira parte sabe, obviamente, a pouco. Mas tenho que reconhecer que o empate acabou por ser o resultado mais justo. O Benfica correu, lutou, foi, com as oscilações naturais de um jogo com noventa minutos, regular na exibição. Mas não conseguiu ser mais perigoso que o Braga. Trapp podia ter corrido outros riscos no ataque? Provavelmente. Mas a filosofia do italiano é mesmo esta. E foi com ela que conseguiu tornar-se um dos treinadores com melhor palmarés internacional. Não me parece que vá mudar agora, aos sessenta e muitos, o esquema que lhe proporcionou tantos triunfos. Temos, pois, que nos habituar a esta forma de jogar. O esquema está decidido. Precisa ser bem oleado, esperando que as peças únicas não se avariem.
Seja como for, o Benfica apresenta evidentes melhorias. Quando até o caústico, quando se trata do jogo encarnado, comentador televisivo reconhece que a equipa é boa, quase nos esquecemos que a derrota caseira com o Beira-Mar aconteceu apenas há três jornadas atrás.... No entanto, o encontro no Municipal de Braga, veio mostrar também que a margem de progressão não parece muita grande. Sobretudo por causa do ataque. Nuno Gomes está intermitente. Mantorras não terá ainda pedalada para jogos tão intensos. Karadas só mesmo como último recurso. E Delibasic ainda não provou nada. Mas (temos que ter sempre um mas para nos embalar) falta ainda Miguel. E pode ser ele, mesmo jogando na defesa, o trunfo escondido para melhorar o ataque nesta parte final da época.
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