Depois dos jogos com Marítimo em casa, e Rio Ave no estádio dos Arcos, o que tenho a dizer é isto: o que ali se passou foi futebol!
Claro que um bom jogo tem um bom sabor quando a nossa equipa ganha, mas a derrota depois de um bom jogo não é totalmente desagradável.
O jogo contra Marítimo, foi tremendo. Em emoção, em qualidade de futebol, em golos. Todos os ingredientes para um bom jogo, e aquilo que se passou é futebol.
No domingo, em Vila do Conde, mais um bom jogo.
Estádio cheio, jogo ao início da tarde, equipas dispostas a jogarem e a respeitarem-se.
Até o jogo de estratégias, jogado entre treinadores, foi interessante.
Carlos Brito, sabendo que Gama, Evandro e até o próprio Junas não teriam força física para aguentar o jogo todo, tinha como objectivo chegar com vantagem ao fim da 1ªparte para depois, na 2ª fazer a gestão e apostar em contra ataques. Para o sucesso desta estratégia, contava com um Benfica que entraria empolgado, e muito adiantado no terreno, e desse modo conseguir surpreender o meio campo benfiquista na 1ªparte.
Mas senhor Trapattoni, muito astuto (qual raposa), adopta uma estratégia do tipo “deixa-os pousar” para a 1ªparte. Também Trapattoni sabia que Gama, Evandro e Junas não aguentariam mais de uma 1 horas de jogo. Por isso entrega os primeiros 30 minutos de jogo ao Rio Ave, obrigando-os a grande desgaste.
Por tudo isto o resultado ao intervalo era de 0-0, apesar de boas ocasiões de golo por Gama e por Simão.
Na 2ªparte, a estratégia de Trapattoni consumou-se, o Benfica agarrou na batuta, e foi em busca do golo, perante um Rio Ave que se viu impotente para contrariar esta toada. Estavam definidas as estratégias até ao fim do jogo: Benfica a dominar e a empurrar o Rio Ave lá para trás; o Rio Ave a utilizar o contra-ataque e a sua boa organização defensiva como armas.
Os treinadores foram lançando as suas armas, uma a uma, e o Benfica foi criando oportunidades. Primeiro Nuno Assis não aproveita uma posição privilegiada, depois Nuno Gomes na sequência de uma grande jogada do Benfica permite boa defesa de Mora, e por fim Luisão num pontapé de canto atira por cima da trave, depois de Mora falhar a intercepção.
Mas a verdade, é que foi o Rio Ave, num dos seus contra-ataque e já no período de compensação, que conseguiu marcar através de Miguelito, após jogada perfeita de contra-ataque conduzida pelo suplente Saulo.
Jogo interessante, com jogo limpo, poucas faltas, e as estratégias dos treinadores a funcionarem.
Benfica perdeu, mas a candidatura saí reforçada. Segue em 1º com 3 pontos de vantagem relativamente ao 2º.
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