04/08/2005

Profecia tipica de pré-época



Deixo aqui uma profecia barata: O Ronald Koeman vai deixar de ser treinador do SLB ainda antes do inicio do Campeonato (dizer Superliga é um disparate. Para mim será sempre, Campeonato da 1ª divisão). Isto irá acontecer se não chegarem reforços (bons) até sábado, o que parece provável. O SLB vai ficar com uma crise nas mãos e irá resolvê-la com quem? Claro que vai ser com o José António Camacho, homem de muito menos predicados e de exigências mais folgadas. O que não seria mau, diga-se desde já.
O 4-3-3 do holandês está fadado ao insucesso. A mentalidade dos jogadores do SLB, dos mais importantes, não está virada para aí, para invenções e adaptações a novas filosofias de jogo. O plantel não tem jogadores inteligentes. Petit e Manuel Fernandes são tudo pulmões e nada neurónios. O mesmo se pode dizer de Simão, que só rende aconchegado no seu lado esquerdo a fazer o que se habituou a fazer tão bem. O Geovanni é o mais inteligente deles todos, mas não tem a regularidade necessária. Quanto a Mantorras, não é pulmão nem neurónio. É ainda uma outra coisa qualquer que ninguém percebeu ainda o que é excepto que deverá ser algo indizível que uma pessoa não sabe se há-de admirar ou desprezar. De Nuno Gomes já não falo porque o acho um incapaz total. Sim, a equipa titular do Benfica é um grupo de operários com talento e não há ninguém com capacidade de pensar o jogo. Um 4-3-3 precisa de alguém assim, um organizador, senão é pura e simplesmente um fiasco.
Por isso, o bom velho e saudoso 4-4-2 à moda antiga não vinha a calhar nada mal. SImples e directo. Ataca-se e defende-se e pronto. Logo se vê como corre o jogo. Com laterais rápidos e ofensivos como João Pereira e Leo a apoiarem os dois extremos de valor que são Simão e Geovanni; com os aguerridos Manuel Fernandes e Petit a varrerem tudo sem preocupações de construir, metendo as bolas nas alas e surgindo à entrada da área para rematar; com os centrais Luisão e Anderson que têm possibilidade, e vontade aparente, de subir no campo para criarem desiquilibrios numéricos e, finalmente, com dois pontas de lança de área que desgastem a defesa contrária e abram espaços para que os médios entrem pelo meio na zona de finalização, como dizem os jornalistas desportivos sem imaginação. Claro está que o problema é não termos (já) pontas de lança com estas características. Delibasic e Karadas davam jeito...

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