Um despedida triste. A derrota por 3-1 na Mata Real e uma exibição sofrível. Termina assim da pior maneira uma época que não vai deixar muitas saudades.
O Benfica partia com aspirações, legítimas, à renovação do título. Ficou em terceiro.
Tentava, pelo terceiro ano consecutivo, a presença na final do Jamor. Ficou-se pelos quartos-de-final, eliminado em casa pelo despromovido Guimarães.
Um título menor, a Supertaça, foi tudo o que a equipa arrecadou. Claramente pouco, numa época em que se investiu em força e, na generalidade, correctamente, e em que o estádio encheu muitas vezes e o apoio dos adeptos foi constante.
De bom, a roçar o excelente, sobrou a campanha europeia. As vitórias na Liga dos Campeões, sobretudo as na Luz contra Liverpool e Manchester United (que tive o privilégio de viver in loco) entram directamente para o livro de recordações.
Tudo junto e ponderado, sabe a pouco. Muito pouco.
Sou dos que defendeu, até ao limite, a continuação de Koeman. Escrevi aqui que estes dois últimos jogos seriam fundamentais. Duas vitórias convincentes poderiam travar a onda de descrédito, natural pela objectivos não alcançados, que o holandês enfrentava. Nestas coisas, é sempre preferível a continuidade ao constante recomeçar. O Benfica precisa de serenidade e estabilidade para, progressivamente, voltar ao lugar que lhe pertence, em Portugal e na Europa. Mas também não vale a estabilidade a qualquer preço. Quando são evidentes as fragilidades que podem fazer ruir o projecto a qualquer momento o mais sensato talvez seja recomeçar. As exibições conta o Marítimo e Paços de Ferreira só vieram aumentar a contestação a Koeman. E perante tal facto, e também tendo em conta a cada vez mais evidente distanciação entre jogadores e treinador, parece-me, e aqui dou o braço a torcer, que não há condições para o holandês continuar. O que eu menos quero é um Peseiro no Benfica. Precisamos de entrar no próxima época com as feridas saradas, o grupo unido ( o que implica também uma “limpeza de balneário”) e as forças todas concentradas na mesma direcção. E com Koeman tal (já) não é possível.
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