14/02/2009

Cultura desportiva


Suazo: cada golo custou ao Benfica 240 mil euros. Em 2005/2006 pelo Cagliari fez 22.


O que é mirabolante no Benfica são os avançados. Nada de árbitros, médios, adeptos ou, como em alguns clubes, os roupeiros.
Um exemplo exterior é Nenê, assim mesmo com chapéu. Leva 14 golos no campeonato. Foi contratado por tusta e meia ao Cruzeiro pelo Nacional da Madeira de Machado. A equipa do Treinador Foca tem um surpreendente melhor ataque da Liga, juntamente com o FCP, e metade dos golos, a matemática é simples, têm a impressão digital do jogador brasileiro.
Um segundo exemplo da mirabolante profissão de avançado, é dado pelos avançados do Benfica Cardozo, Nuno Gomes, Suazo e Aimar. Basta uma mão para conseguir contar os golos de cada um deles esta época. São internacionais cotadissimos, cujo soma de salários será com certeza maior que a totalidade dos do plantel do Nacional.
Mantorras é o terceiro e último exemplo. Convocado por lesão de Suazo, entrou num único jogo para a Liga. Passados nem 5 minutos estava a marcar. É melhor que os outros colegas? Não. Faz melhor ao espírito do adepto? Sim.
Se, como Mantorras, Nenê estivesse no plantel do Benfica, seria altamente provável não jogar. Jogariam os outros que, como ele, tirando o Nuno Gomes, fizeram no passado, noutros clubes, o que ele está agora a fazer na Madeira.
Parece-me ser certo que o Pedro ou o brasileiro não são jogadores para o Benfica. Não porque não sejam capazes de marcar golos com regularidade, mas porque, exactamente, o fazem. Cada clube, uma cultura desportiva. Neste caso, esta particularidade, este excentricidade é antropofagica mas, como mais que aparente, certa, não há nada a fazer.

2 comentários:

Tiago Franco disse...

Eu fico a assistir daqui.

(já sabes que se arranjares lugar no sector, estou às ordens)

Tiago Franco disse...

Hum... agora é que vi que queria ter posto este comentário do Zé, e não neste...