Não sou daqueles que não reconhecem qualidades a Trappatoni. Sobretudo pela experiência, o italiano pode ser muito útil aos jogadores jovens que enchem este Benfica, e ser factor de estabilidade numa equipa que teima na irregularidade. Mas quanto ao jogo de ontem, com o CSKA, só posso apontar Trapp como o maior responsável pela derrota comprometedora . Mais do que a falta de frescura física, e a consequente ausência de velocidade, ou a desinspiração de algumas das peças-chave da equipa, o Benfica não ganhou na Rússia por causa de Trapp. O discurso que antecedeu o jogo ("o importante é marcar um golo e defender bem", "o empate é um bom resultado") revelou-se totalmente descabido perante o verdadeiro poderio do CSKA. Um Benfica motivado por um discurso de ataque, que partisse para cima do adversário, que quisesse mandar no jogo, não teria muitas dificuladdes em sair para a segunda mão da eliminatória com um confortável avanço. Os russos revelaram uma surpreendente fragilidade. E o Benfica, em vez de aproveitar tal pequenez, manteve-se tímido e encolhido, nunca desejando verdadeiramente a vitória. É certo que uma das várias oportunidades de golo concretizada mudaria o rumo do jogo. Mas tal não aconteceu. E, perante mais essa adversidade, os encarnados mantiveram o ritmo de "perder por um já não é mau" e acabaram por sair de Krasnodar com dois golos de desvantagem. O discurso de Trapp revelou-se errado, e ele, perante as evidências disso no relvado, não soube levar a equipa a uma mudança de atitude.
Mais um topeção, de todo evitável, e eis interrompida a trajetória ascendente. Na véspera da recepção ao Guimarães na Luz pedia-se outro tónico.
Uma últimas nota para o jogo na Luz com o CSKA (na próxima Quinta-feira). Será que vamos ver finalmente Trapp a jogar abertamente ao ataque? Ou nem aí, quando já não há nada a perder?
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