26/04/2005

Coração, Manuel Fernandes, Luisão e Mantorras

De um jogo em campo mais que neutro, com um candidato quase eleito à descida, ficam três notas:
1) Alguém dizia no princípio da época que, com Trappatoni no comando da equipa, os benfiquistas tinham que ir preparando o coração. Estava em causa, na altura, a propensão defensiva do italiano, que se agarrava com unhas e dentes às vantagens tangenciais, provocando inevitáveis calafrios. A advertência foi sábia. Apesar dos motivos irem para além da filosofia de Trapp, que já joga com três avançados, o músculo cardíaco dos adeptos encarnados tem, nestes últimos tempos, sofrido maus tratos invulgares.
2) O Benfica acusou em demasia o golo fortuito dos canarinhos e a ausência de Manuel Fernandes e Miguel. Sobretudo o “míudo”, que se transformou numa pedra fundamental. Petit é um excelente recuperador de bola, mas não está ao mesmo nível no passe e no empurrar da equipa para a frente. Bruno Aguiar cumpre os serviços mínimos, e isso, como é óbvio, não chega. Sem Manuel Fernandes o Benfica perde muita da sua potência ofensiva.
3) Os golos de Luisão e Mantorras. O do brasileiro por ser, finalmente!, o primeiro. E por acontecer numa altura preciosa. O do angolano, por se estar a transformar numa providencial rotina.

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