Claro que as vitórias são importantes. Com elas se luta para conquistar campeonatos e taças, com elas se alimenta o ânimo da equipa. Mas vitórias apenas não chegam. O futebol não é como a Bolsa. Não bastam os resultados líquidos. Há uma dimensão artística que é essencial . Por isso, a substituição de Trappatoni no Benfica não levantou oposição. O grande estratega italiano levou-nos ao título, fazendo milagres com o plantel, “comendo a relva”, mas faltava à equipa o tempero do brilhantismo. Os benfiquistas queriam, para além dos três pontos, futebol de ataque e virtuosismo.
O Benfica de Camacho parece estar a caminho de conciliar eficácia com brilhantismo. O jogo com o Nacional, na passada jornada, prometeu isso: futebol de ataque, golos e uma obra de arte de Rui Costa. Pelo menos, trouxe a esperança de volta. O que já não é pouco, se nos lembrarmos do sentimento dominante há menos de um mês atrás.
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